Como funciona o conclave

Conclave é o nome dado à assembleia de cardeais reunidos para eleger um novo papa

Acontece após a morte ou renúncia de um papa, os cardeais devem esperar até 15 dias pelos colegas ausentes para iniciar o conclave. Isso pode ser antecipado ou adiado, mas os eleitores presentes são obrigados a começar a votação em no máximo 20 dias

Somente cardeais com menos de 80 anos (até o dia da morte ou da renúncia do papa) podem participar da votação

Quem comanda o conclave, pela regra, deveria ser o cardeal decano. Como o atual, Giovanni Battista Re, tem mais de 80 anos, ele não poderá entrar na Capela Sistina

A função, somente lá dentro, caberá ao mais velho eleitor entre os cardeais bispos, atualmente Pietro Parolin, secretário de Estado

Antes do início do conclave, os cardeais eleitores se reúnem na Basílica São Pedro, para uma missa especial pré-eleição. A cerimônia deve ser pela manhã, para que o conclave comece à tarde

A eleição é por votação secreta em urna; sai vencedor aquele que obtiver dois terços dos votos, calculados com base no total de eleitores presentes

Se não há um vitorioso, as cédulas são queimadas, e uma fumaça preta na chaminé da Capela Sistina indica ao público que o processo continuará

Se o vencedor não sair após três dias, os trabalhos são suspensos por um dia, para “uma pausa de oração” e conversas entre os cardeais

A votação é retomada; se houver outras sete apurações sem resultado, nova pausa pode ser feita. São permitidas depois mais sete votações, outra pausa, e as últimas sete tentativas

Se mesmo assim não sair o vencedor, os dois nomes que, na última votação, tiverem obtido o maior número de votos deixam de ser eleitores para serem os únicos candidatos possíveis. No entanto, o vencedor ainda precisa receber pelo menos dois terços dos votos

Quando a escolha finalmente ocorre, a confirmação é sinalizada pela fumaça branca. Nesse momento, o cardeal protodiácono, o mais antigo cardeal-diácono, se apresenta aos fiéis na praça São Pedro para pronunciar o aguardado "habemus papam"

Escolhido o nome, o cardeal decano pergunta ao eleito se ele aceita ser papa e como quer ser chamado. O novo papa dá a bênção Urbi et Orbi do pórtico da basílica

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